Ontem estava me lembrando de um fato, ou melhor, de uma conversa com um conhecido. O mesmo narrava um acontecimento (seria engraçado se não fosse triste) entre ele e sua excelentíssima mulher (adjetivo respeitável esse heim!), leiam.
O elemento havia sido incumbido de ir receber o dinheiro da Bolsa Família – aquele programa do governo que beneficia famílias carentes – enquanto a sua esposa iria à secretaria da assistência social, receber uma cesta básica que estava sendo distribuída.
Tarefa realizada, o elemento voltava para casa (ele tentou, mas não chegou), quando resolveu parar num bar. Deu um alô nos conhecidos, quando uma jovem ninfetinha (esse termo foi ele que usou tá) sentada numa mesa, esboçou um sorriso. Pronto, foi o suficiente para ele também sentar. E homem é bicho bobo, mulher não pode sorrir e eles logo pensam em sair xavecando, beijando, pegando e tudo mais que suas mentes pervertidas têm direito. Enquanto isso lá no “lar doce lar”, a dona Maria, já havia chegado e claro percebido a ausência do elemento e do dinheiro da Bolsa Família.
De volta ao bar, o elemento se sentou e começou a papear com a menina. E claro quis fazer uma média e pediu uma cerveja (adivinhem com qual dinheiro ele pagou?). Homem adora fazer isso, eles sempre acreditam que mulher que bebe, fica mais acessível (desculpem meninas).
Mas continuando, conversa vai, conversa vem, dinheiro sai, cerveja vem, o papo estava esquentado, quando de repente, quem chega? Ela mesma, a dona encrenca. Entra no bar bem tranqüila e pede educadamente para o elemento sair. Ele já bêbado, se recusa. Ela não pediu duas vezes (rege a lenda que a dona Maria dele é muito brava, tipo lutadora de luta livre), deu um cascudo ao pé do ouvido, que o elemento saiu tropeçando. Na seqüência, começou a xingar e como se não bastasse ainda, começou a jogar cadeiras. Ai foi um “Deus que nos acuda“. Não ficou ninguém no bar para contar a historia.
Desesperado, o elemento sumiu. A dona Maria voltou pra casa, achando que o traste também havia voltado. Mas ao chegar lá, nada dele. Depois de uma meia hora, o traste apareceu. E para a surpresa dele a polícia estava lá. Por quê? A dona Maria chamou-os e alegou que o traste havia batido nela. Ai complicou á vida do cidadão, já estava ruim e iria ficar pior. Mas esperto como todo bom brasileiro, ele (ainda meio bêbado), foi disfarçando, disfarçando e ligeiro como um gato, sumiu. Adentrou por uns becos e vielas e a policia nem viu.
Mas sabe o pior, ele (o traste) me contou essa historia na maior cara de pau e rindo, como se a “aventura” dele fosse à coisa mais normal do mundo. Por isso que eu falo meninas, cuidado ao escolherem a cara metade de vocês. Porque “os homens” são poucos, mas “os antas”, têm aos montes.
Um forte abraço a todos