quarta-feira, 4 de novembro de 2009

COM NATURALIDADE

Sempre ao se levantarem, peço às crianças que se organizem (guardar chupetas, calçar e pentear o cabelo). E hoje não foi diferente. Enquanto organizava a sala, brinquei com uma das meninas. Não me lembro sobre o que, mas se desenrolou uma conversa na sequência.

Durante a conversa falei algo e a menina contra argumentou. Brinquei com ela dizendo que iria ficar bravo com a avó dela. Neste exato momento ela respondeu, que não era para eu brigar com a avó dela, pois a mesma estava doente, estava com um tumor nas costas. Nossssssssssssa, fiquei mudo!

Não sei se foi o “baque” sobre a doença, ou se foi à forma como a menina comentou o assunto. Sabem, com muita naturalidade e num tom bem tranqüilo.

Até pensei em prosseguir, perguntando mais sobre a doença da mãe da mãe, mas ainda em estado de choque, deixei para uma próxima oportunidade. Alias – pensei mais tarde – não havia motivo para choque. Questões sobre vida e morte, já fazem parte do cotidiano dos pequenos. Ao contrário do que eu fiz, podemos (e devemos) usar questões como essa no trabalho diário com os tripinhas. As crianças de hoje sabem de tudo e pegam tudo no ar. Pegam até sinal de rádio se duvidar.
Um forte abraço a todos

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