NÃO É SURTO, É DESABAFO

A vida de quem leciona não é fácil. Um professor simplesmente surtou na sala de aula. O fato aconteceu numa escola em Ribeirão Preto. Um educador irritou-se com o comportamento da turma e começou a gritar dentro da sala, desferindo palavras de baixo calão, segundo testemunhas. Em seguida saiu jogando carteiras para todos os lados. Um funcionario que tentou acalmá-lo acabou se ferindo. Com um telefone celular, um dos alunos conseguiu registrar (em áudio) o dia de fúria do mestre.

Segundo consta, esse mesmo professor já havia passado por acompanhamento psicológico há algum tempo atrás e agora ele estava solicitando um novo acompanhamento, que foi negado pela secretaria do estado.

Ouvi o áudio registrado pelo aluno e sinceramente, o surto do professor mais parecia um desabafo. O que atualmente tem se tornado comum. É de conhecimento publico que a situação dos educadores dentro da sala não está nada fácil. Além de termos que utilizar um método de ensino falho (conversamos sobre isso em outro momento), precisamos trabalhar com alunos mal educados (não é culpa deles). Quando digo que são mal educados, me refiro ao fato de faltar educação de berço – aquela que vem de casa.

A incompetência paterna e materna, já atingiu um alto nível. Digo incompetência paterna por que, assim como para ensinar a ler e escrever é preciso ter competência, ser e pai e mãe (ser exemplo) também é preciso ter competência.

Filhos bem educados, não dão trabalho em lugar algum. O que falta as nossas crianças e adolescentes é uma boa educação de berço. Que saudades da época dos meus avôs.

Um forte abraço a todos