No ultimo 3 de dezembro, fiz mais um aniversario, ou como diriam os meus pais, “colhi mais uma abobora” (coisa de gente antiga). Aniversario é tudo de bom, a cada ano que passa, sinto que eu fico mais novo (é que nós negros não envelhecemos, apenas acumulamos números).
Mas fazer aniversário é muito engraçado, principalmente quando você começa a observar as expectativas geradas ao longo dos anos sobre esta data. Explico: quando você é pequeno, a sua preocupação é saber qual brinquedo vai ganhar, se é aquele vídeo game ou aquele super carro de controle remoto e claro, reza para que aquela sua tia não lhe dê meia ou cueca (horrível né).
Quando chega à adolescência (hoje conhecida como “aborrescência”), sempre espera ganhar qualquer aparelhinho sonoro eletrônico de ultima geração como o MP3 e seus irmãos mais novos (MP5, MP10, MP20...), não esquecendo o chato do celular. Ah, também vale a autorização (e grana é claro) para aquela viagem de cinco dias, em algum canto do país.
Quando se chega à fase adulta lá pelos 20 anos (como dizem os psicólogos, adulto-jovem) itens como carro e moto, entram na jogada.
Mas quando o cidadão chega à casa dos 30 anos, a coisa muda de figura. Os presentes passam a ter um papel irrelevante. Outras questões vêm à tona, como a autoreflexão: “eu que eu fiz até agora?”, “o que eu consegui?”, “o que eu fiz da minha vida?”, “o que eu quero para mim e para o meu futuro?”, ou seja, nos tornamos seres mais reflexivos (isso se você acumulou algum conhecimento ao longo do tempo).
Alias, que bom que evoluímos, porque senão estaríamos até hoje esperando carrinhos e nos decepcionando com cuecas.
Um forte abraço a todos