terça-feira, 12 de janeiro de 2010

EXPERIÊNCIA DE VIDA



Para quem esteve antenado nos últimos dias, ficou a par dos estragos que as chuvas fizeram país afora. Pontes caídas, casas no chão, pessoas desabrigadas, ruas alagadas, lixo espalhado e a pior parte, mortes. Quando a nós vemos essas cenas pela televisão, a primeira impressão é o susto, em seguida vem a aquela sensação de dó – não dá? Algumas pessoas se emocionam quando o repórter ou narrador começa a descrever a situação (apesar de que eles fazem de propósito). E você fica com uma vontade de ir lá e ajudar.

Pois bem, passei por essa experiência. Meu padrinho mora em São Luiz do Paraitinga, uma dessas cidades castigadas pela chuva. Pela televisão é uma coisa, mas ao vivo, a história é outra. Nossa, a primeira impressão – quando entrei nesta cidade – era de que uma guerra teria acontecido ali. Sem água nas ruas (geralmente é quando se tem uma idéia dos estragos), os moradores começavam a retirar os restos de moveis, eletrodomésticos e tudo que não dava para reutilizar. As vias publicas ficaram tomadas por montes de entulhos. Muita gente perdeu tudo que possuía dentro de casa. Outros perderam até a casa.

Na casa desse meu padrinho, estava tudo revirado e coberto de lama. Ele perdeu quase tudo. Era sujeira por todos os lados e até o teto (confesso que deu uma vontade de chorar) afinal a água cobriu as residências. Avistei até um tronco de bananeira em cima da casa. Deu trabalho limpar a casa – foi um dia inteiro – mas no final da tarde a casa estava habitável.

Olha, sai de lá com duas sensações: a primeira era a de dever cumprido (afinal deixamos a casa habitável); a segunda sensação era a de que muita gente reclama de barriga cheia. Perto daqueles habitantes, nós temos muita coisa. Não, não estou fazendo comparativos, mas nos queixamos tanto que a cor da nossa parede é horrível ou porque a nossa casa não é igual a aquela da revista. Tolice, pura tolice.

Então quando lhe bater aquele desespero quanto a sua casa ou suas coisas, pensem naqueles que foram afetados pela chuva e que gostariam de estar hoje no seu lugar.

Um forte abraço a todos

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