sexta-feira, 31 de julho de 2009

HOMEM, BICHO ANTA

Ontem estava me lembrando de um fato, ou melhor, de uma conversa com um conhecido. O mesmo narrava um acontecimento (seria engraçado se não fosse triste) entre ele e sua excelentíssima mulher (adjetivo respeitável esse heim!), leiam.
O elemento havia sido incumbido de ir receber o dinheiro da Bolsa Família – aquele programa do governo que beneficia famílias carentes – enquanto a sua esposa iria à secretaria da assistência social, receber uma cesta básica que estava sendo distribuída.
Tarefa realizada, o elemento voltava para casa (ele tentou, mas não chegou), quando resolveu parar num bar. Deu um alô nos conhecidos, quando uma jovem ninfetinha (esse termo foi ele que usou tá) sentada numa mesa, esboçou um sorriso. Pronto, foi o suficiente para ele também sentar. E homem é bicho bobo, mulher não pode sorrir e eles logo pensam em sair xavecando, beijando, pegando e tudo mais que suas mentes pervertidas têm direito. Enquanto isso lá no “lar doce lar”, a dona Maria, já havia chegado e claro percebido a ausência do elemento e do dinheiro da Bolsa Família.
De volta ao bar, o elemento se sentou e começou a papear com a menina. E claro quis fazer uma média e pediu uma cerveja (adivinhem com qual dinheiro ele pagou?). Homem adora fazer isso, eles sempre acreditam que mulher que bebe, fica mais acessível (desculpem meninas).
Mas continuando, conversa vai, conversa vem, dinheiro sai, cerveja vem, o papo estava esquentado, quando de repente, quem chega? Ela mesma, a dona encrenca. Entra no bar bem tranqüila e pede educadamente para o elemento sair. Ele já bêbado, se recusa. Ela não pediu duas vezes (rege a lenda que a dona Maria dele é muito brava, tipo lutadora de luta livre), deu um cascudo ao pé do ouvido, que o elemento saiu tropeçando. Na seqüência, começou a xingar e como se não bastasse ainda, começou a jogar cadeiras. Ai foi um “Deus que nos acuda“. Não ficou ninguém no bar para contar a historia.
Desesperado, o elemento sumiu. A dona Maria voltou pra casa, achando que o traste também havia voltado. Mas ao chegar lá, nada dele. Depois de uma meia hora, o traste apareceu. E para a surpresa dele a polícia estava lá. Por quê? A dona Maria chamou-os e alegou que o traste havia batido nela. Ai complicou á vida do cidadão, já estava ruim e iria ficar pior. Mas esperto como todo bom brasileiro, ele (ainda meio bêbado), foi disfarçando, disfarçando e ligeiro como um gato, sumiu. Adentrou por uns becos e vielas e a policia nem viu.
Mas sabe o pior, ele (o traste) me contou essa historia na maior cara de pau e rindo, como se a “aventura” dele fosse à coisa mais normal do mundo. Por isso que eu falo meninas, cuidado ao escolherem a cara metade de vocês. Porque “os homens” são poucos, mas “os antas”, têm aos montes.

Um forte abraço a todos

quinta-feira, 30 de julho de 2009

TUBARÃO BRAZUCA

O mal do torcedor brasileiro é lembrar e torcer somente para o futebol. Até as emissoras e seus programas esportivos ocupam 95% de seu tempo com noticias sobre o futebol. Mas essa semana, o gramado vai ficar (e ficou) de lado, porque a arena de combate foi a piscina, mas precisamente em Roma onde o nosso grande CESAR CIELO conquistou a medalha de ouro e de quebra ainda estabeleceu um novo recorde mundial na prova dos 100m (e olha que a prova favorita do cara, é a prova dos 50 metros).
Neste fim de semana ele volta a piscina para a final dos 50m. É isso ai CIELO, o Brasil está com você.
Parabéns
Um forte abraço a todos

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ô GRIPE DANADA!!!

Como de costume, na ultima semana de férias, sempre coloco o despertador para funcionar a fim de acordar mais cedo e aproveito para fazer aquelas tarefas que a gente sempre faz nas férias (no meu caso, sempre deixo pra ultima semana). Tudo isso para ir entrando no ritmo, ou seja, se preparar para o retorno as aulas.

Mas hoje, bem tranqüilo em minha humilde casinha, tomando o habitual café da tarde, o telefone toca. Era a minha diretora (termo estranho esse, “minha” diretora, até parece que ela me pertence), ligou para avisar que as aulas em Cachoeira Paulista estavam suspensas até 17 de agosto. Adivinhem o motivo, dou R$ 100 para quem adivinhar (deposito na conta). Sim caros leitores, ela mesma, a gripe do porco, do porco não tadinho, gripe H1N1.

Já sabia que algumas escolas dos grandes centros, já haviam adiado o retorno as aulas (as secretarias de educação do Rio não adiaram). Mas não sabia que a situação estava tão perto (deve ter mãe odiando isso). Aliás, mais tarde soube através do meu pai, que aqui em Cruzeiro as aulas também estavam suspensas.

É, essa gripe está, como dizem os adolescentes, “causando”. Causando pavor, medo, histeria, cancelamentos, atrasos e acima de tudo prejuízo.
Um forte abraço a todos

SENSACIONALISMO OU JORNALISMO ?

Todo bom telespectador sabe que cada emissora de TV tem, digamos o seu estilo, sua característica, sua linha de conduta. Por exemplo: tem aquelas que tem um estilo esportivo, outras são conhecidas pelos noticiários jornalísticos, tem as que seguem a linha educativa (que por sinal são pouquíssimas infelizmente) e tem aquelas que são marcadas pela apelação. O mesmo acontece com o seguimento do telejornalismo. Alguns são imparciais (neutros, não defendem nenhum dos lados), outros são informativos e tem os sensacionalistas (aqueles que exploram o fato até sair sangue).

A Rede Globo, por exemplo, sempre levantou a bandeira do jornalismo informativo. Criou-se uma imagem de imparcialidade, de ética jornalística. Mas neste final de semana que passou, ela fez o que sempre acusou as outras emissoras de fazerem: sensacionalismo. Sobre o que? Sobre o acidente com o piloto de Formula 1 Felipe Massa. Tá, eu sei que a informação precisa ser levada ao publico, a população deve saber (essa frase é a principal desculpa dos sensacionalistas), mas fazer do jeito que ela fez é tirar proveito da situação. Quem assistia ao treino viu, quem ligou a TV depois também viu porque foi noticiado nos demais telejornais, até aqui tudo bem. Mas ficar noticiando a cada meia hora a mesma noticia, de forma exaustiva, explicando o acidente, repetindo a cena e mostrando a (bendita) mola batendo no capacete do rapaz, colocando o Galvão (que sempre sabe de tudo) nos links, ah cansou a minha beleza. Sorte que a bela repórter Mariana Becker aparecia de vez em quando para salvar.

Espero que a emissora vá mais devagar a partir de agora, porque daqui a pouco, vão dizer que a culpa foi do Rubinho!!!
Um forte abraço a todos

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O QUE HOUVE ?

No começo, só o nome gripe suína (aliás, H1N1 seria o nome correto segundo os cientistas) já causava medo, mas passara aquela euforia da “novidade” e do risco de epidemia, o assunto foi ficando de lado. Mas bastou nossos “hermanos” argentinos serem atingidos em cheio pela nova gripe (me parece que faltou um pouco de esforço do governo de lá) e pronto, a bendita começou a se alastrar. Voltando a dar as caras por aqui, se destacando nos noticiários e lotando os hospitais.

No começo, na primeira onda da doença, o ministro da saúde e outras autoridades foram para TV, falaram para a população não se preocupar, pois o sistema de saúde possuía estrutura para combater a doença, os hospitais possuíam capacidade para tratar a todos os casos e os institutos de pesquisa davam conta de realizar todos os exames.

Com essa 2º segunda onda da doença – depois de um 1° período aparentemente tranqüilo a doença volta com mais força – os casos confirmados da doença tem aumentado assim como os óbitos. Mas sabem o que me incomoda nisso tudo, parece que o discurso dos responsáveis pelo sistema de saúde mudou, assim como os procedimentos: agora eles estão pedindo para as pessoas moderarem as idas aos hospitais e os institutos para onde os exames são mandados, não estão conseguindo agilizar os resultados. Outro ponto é sobre o diagnóstico, há muitas queixas sobre diagnósticos incorretos. Pessoas com os sintomas estão sendo tratadas como se tivessem outra enfermidade ou são mandadas de volta para casa (algumas falecendo em seguida) ou ficam indo e voltando dos hospitais, pois a doença não é diagnosticada.

Agora eu pergunto: o que houve com o antigo discurso, o sistema não dava conta, a estrutura não estava preparada?
É parece que não e no meio desse fogo cruzado, fica a população.
Um forte abraço a todos

domingo, 26 de julho de 2009

IR A MARTE OU IR A LUTA?

Quem assistiu ao telejornal essa semana (o que vocês não assistem ou lêem jornal?) com certeza ouviu e viu sobre a comemoração do 40° aniversário da chegada do homem a lua – e tem gente que ainda não acredita.

Estava terminando de arrumar a cozinha da noite (isso que dá ficar de férias), quando ouvi a reportagem. O telejornal mostrou o presidente norte americano Barack Obama (fala primo!) recebendo na casa branca, os três astronautas (esqueci o nome deles) da missão lunar de 1969. E foi toda aquela pompa, fruti-fruti, plumas e paetês – próprio deste tipo de evento. Entre abraços e sorrisos, um dos astronautas veteranos, segundo o apresentador da TV, fez um pedido. Na verdade lançou uma perola (pra mim foi) em forma de pedido: ele pediu ao presidente Obama, mais verba para o Projeto em Marte – para quem não sabe, os americanos querem explorar a superfície do planeta marte, a fim de averiguar se há a possibilidade de seres humanos morarem por lá.

Vocês sabem de quanto é a verba para esse projeto? É de 150 bilhões de dólares (é o 150 acompanhado de dez zeros), é muita grana meus queridos leitores. Com esse dinheiro é possível, só para se ter uma odeia: investir em políticas de erradicação da fome pelo planeta; reconstruir o Iraque; investir em projetos para frear o avanço da AIDS (detesto escrever o nome dessa doença em letra maiúscula) nos países africanos; quitar a divida externa dos países pobres; “turbinar” o sistema educacional desses mesmos países; retirar das ruas todas as crianças carentes de países atrasados economicamente; desenvolver medidas mais enérgicas e eficientes de conter e até mesmo extinguir as devastações em nossas florestas; enfim um bilhão de medidas e idéias (que não cabem neste humilde BLOG) para tornar esse nosso mundo, digamos, mais aconchegante.

Agora, esse astronauta aposentado (ainda bem que ele se aposentou viu!) faz um pedido desses. Os países saindo de uma terrível crise financeira, crianças passando fome mundo afora ou se prostituindo para arrumar dinheiro entre tantas outras misérias e esse “dinossauro da lua”, vem pedir mais dinheiro para habitar marte. Por que a NASA não manda ele pra lá somente com uma garrafinha (de 500 ml) de oxigênio nas costas para ele ver o que é bom. Ah, me faça o favor né senhor astronauta!!!
Um forte abraço a todos

sexta-feira, 24 de julho de 2009

CORRUPÇÃO INFANTIL (que tal um pastel tio?)

Basta ligar a TV ou ler os jornais para vermos ou lermos (ô palavrinha feia, lembra lesma) sobre casos de corrupção. É corrupção na política, é corrupção nas instituições privadas, é corrupção em todo lugar. É corrupção para todos os gostos e bolsos (essa foi boa heim!).

Assim como no mundo dos adultos, no universo infantil também tem seus “espertinhos”. Vocês se lembram da crônica sobre aquela festa de rua com os brinquedos (postagem de ontem, quinta feira), pois bem, a cada dez minutos aparecia uma criança com um argumento na ponta da língua para tentar brincar de graça (os brinquedos eram pagos, senão da onde sairia à grana para me pagar né!). Com aquele jogo de cintura que lido com os meus alunos diariamente, fui levando as crianças durante as noites.

Mas um desses argumentos me chamou atenção: um garoto de uns oito anos com carinha de anjo (e uma cicatriz no nariz), que já havia brincado antes, ficou ali perto conversando comigo. A certa altura do papo, apareceu uma mulher perguntando aonde se vendia tal alimento. O garoto tomou a frente e disse que em tal barraca havia tal alimento. A mulher se afastou e então ele disse que a barraca indicada era da tia dele. Brinquei dizendo se aquilo era propaganda da família, ele riu e começou a me olhar fixamente. Perguntei qual era o problema. Ele novamente insistiu na tentativa de brincar sem pagar e novamente neguei. Foi ai então que ele lançou a perola: “tio, se você me deixar brincar, de dou um pastel”. Quando ouvi aquilo, comecei a rir. Não acredito, o garoto estava tentando me subornar e ainda por cima com um pastel (da tia dele é claro). Não agüentei e contra argumentei, indagando-o se poderiam ser 20 pasteis. Assim como qualquer individuo corrupto – do qual se exige mais dinheiro – ele não topou e foi embora.

Pensei: meu Deus, a corrupção já chegou ao universo infantil. Até eles tentam conseguir alguma coisa com favores ou presentinhos, que foi o caso do pastel. Mais o pior que me deu fome depois desse episodio, pena que o garoto já havia ido embora.
Um forte abraço a todos

quinta-feira, 23 de julho de 2009

TRABALHO + CRIANÇA = A DINHEIRO E DIVERSÃO

Julho, mês de férias e como de costume nos primeiros quinze dias, durmo até 12h ou 13h ou mesmo até ás 14h. A partir da segunda quinzena, começo a fazer aquelas tarefas que a gente sempre deixa para fazer nas férias – concertar, pintar, reformar, ajustar – e assim vai até o final das férias.

Mais em junho dias antes de começar o descanso, pensei comigo: “bem que nestas férias poderia aparecer um trabalho extra, algo divertido, que envolvesse publico (de preferência crianças) e ainda por cima que eu ganhasse um din din. Até mentalizei a seguinte operação:

TRABALHO + CRIANÇA = A DINHEIRO E DIVERSÃO

Pensei muito nesta hipótese. Mas como diria o mago Paulo Coelho: Quando você deseja algo, todo o universo conspira a seu favor (adoooooooooooooooro essa frase).

Enfim chegaram as férias: Net até madrugada, acordando tarde, namorando muito (eu mereço né) etc. Até que numa bela quinta feira (com ou sem o hífen?) o telefone toca, era aminha irmã perguntando se eu aceitaria uma proposta de trabalho. Fiquei meio assim, principalmente porque ela não soube explicar o que era. Até a que a minha hermana passou o telefone para a contratante, que explicou do que se tratava – era para trabalhar como monitor daqueles brinquedos de festa, tipo cama elástica, piscina de bolinha, tobogã inflável – aceitei na hora, nem perguntei quanto iria ganhar. Mais tarde, descobri que um dos donos do empreendimento, era conhecido lá de casa, foi aluno da minha mãe e também estudou comigo no ensino médio.

A festa era na rua, quatro dias de festejo. Muita gente, muita criança e muita mulher bonita (deixa a dona Maria ler isso!). Nestes quatro dias, fiquei na cama elástica (o brinquedinho chatinho de montar viu). Como era de se esperar, a maioria absoluta foi de pequenos. Eram tantos que me senti como se estivesse no trabalho da CEMEI, até decorei os nomes dos pequenos (alguns nomes eram feios pra caramba). Aliás, não havia como não decorar, pois eles vinham brincar a toda hora e as mães vinham juntas. Algumas, com olhares suspeitos, tipo meio carente sabe (lembrei das mães da creche). Claro que fiquei na minha – pois “os pais’ também estavam lá – e não dei bola, pois aquele bairro não é dos mais seguros para se transitar, principalmente quando você mora perto de bairros rivais.


Mas eram tantas crianças e foi um tal de tio daqui, tio de lá, tio por todos os lados. Pensei comigo, ainda bem que ninguém me chamou de pai por aqui, por que senão, não sairia inteiro do bairro.


Um forte abraço a todos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

OPERAÇÃO VELHINHOS: CRÔNICAS DE UM ESTAGIÁRIO (FINAL)

Conheci dona Paulínia, muito prosa foi contando alguns causos. Junto com seu Cosme, lembraram do passado e do presente. Contaram também um pouquinho de fofoca (que na idade deles não faz mal a ninguém). Como era de se esperar o assunto família entrou em pauta. Dona Paulínia fez um comentário que me deixou triste, para ela “família” é para ficar longe, é até melhor assim, pois eles só aparecem para pedir dinheiro, e quando conseguem, tchau. Aquilo me incomodou, pois quando cheguei ao asilo me veio a idéia de família. Fiquei pensando naqueles senhores e senhoras que são deixados – alguns abandonados infelizmente – aqui pelos familiares. Muitos quase não recebem visitas dos entes queridos. Nestes dois dias, percebi que as visitas são mais de pessoas estranhas do que conhecidos dos internos é uma pena. Após nossa conversa, Dona Paulínia, passou mal e foi atendida por um dos voluntários do local.

Já passam das onze e os velhinhos são reunidos no refeitório para o almoço. Decido me oferecer para ajudar. Primeiro, levando alguns pratos até os quartos e a seguir ajudando no refeitório. Daniel, um voluntário (depois descobri que ele também é estagiário) pede minha ajuda com o seu José, um senhor de cadeira de rodas que não come bem sozinho. Por um breve momento engoli uma saliva seca com o pedido (não sei explicar o porquê). Recomposto, parti para tarefa solicitada. Com toda paciência, colher a colher, fui dando na boca do seu Zé (apelido carinhoso, não?), de sobremesa uma banana (demorei a entender o que ele queria). Nossa, senti uma sensação estranha durante a tarefa meio que emocionado (quase chorei) ao dar alimento na boca daquele senhor. Fiquei pensando naquela situação de ficar dependente de outras pessoas. Mas ao final, senti uma sensação muito gostosa.

Fim do almoço. Muitos vão para a sala assistir televisão, outros se recolhem aos seus quartos. Elias (quem me recepcionou hoje) pede para que eu o ajude a colocar seu José (o Zé) na cama. Topo de imediato. Muitos já estão dormindo. Com o ambiente tranqüilo, aproveito para continuar o meu tour. Ao final de um longo corredor, encontro Dona Zulmira, uma senhora muito simpática. Portadora de uma atrofia muscular, o que lhe falta em mobilidade, ela recompensa em prosa. Após um rápido comprimento, ela começou a me narrar, acredito eu, toda a vida dela. Desde sua terrinha natal Pindamonhangaba (ufa! acho esse nome comprido), passando pelo bairro do Brejetuba em Cruzeiro, até a chegada no asilo. Falou dos filhos, dos netos e do desejo de voltar a Pinda, aliás, este ultimo me pareceu uma meta a alcançar. A todo o momento ela dizia que iria voltar para sua terra. A cada dez palavras, onze eram sobre Pinda.

Conversa vai, conversa vem e quando percebi já era quase meio-dia, hora de partir. Fiz uma pequena romaria a fim de me despedir. Alguns velhinhos, já queriam saber quando eu voltaria – querem saber semana que vem vou começar a passar o dia inteiro aqui ao invés de somente metade do dia. Com uma enorme sensação de satisfação, fui embora terminar de aproveitar meu final de tarde e claro, namorar um pouquinho (afinal eu mereço).

Sobre aquela ansiedade no inicio, foi embora. A partir de agora, vou aproveitar ao máximo minha estada aqui, pois sinto que vou aprender muito com esses velhinhos, ops desculpem, essas eternas crianças.
Um forte abraço a todos

terça-feira, 21 de julho de 2009

OPERAÇÃO VELHINHOS: CRÔNICAS DE UM ESTAGIÁRIO (PARTE II)

Enfim chegou sábado, acordei cedo (como dói!!!) tomei meu café – sem dor de garganta e ainda ansioso – e fui para o asilo. Nossa que diferença de terça-feira. Menos movimentado logo fui recepcionado por um funcionário. Descobri que o pessoal da secretaria, não trabalha hoje, também descobri que ninguém havia deixado avisado que eu viria. Expliquei o motivo da minha visita, disse que faria um estágio lá, enfim, expliquei o necessário. A enfermeira de plantão, falou rapidamente da rotina de sábado e logo me deixou a vontade, pois ainda havia muitos velhinhos a serem banhados e trocados.

Uma velhinha simpática (nossa esqueci o nome dela!) ofereceu-se para ser minha guia, fiz de conta que não conhecia o lugar. Ela fez questão de me apresentar os outros velhinhos. O itinerário parou num jardim, aonde uma senhora lavava suas roupas e um senhor de cadeira de rodas trabalhava com artesanato. Fui em direção ao artesão que atendia pelo nome de João. Ele produzia algumas peças artesanais de madeira, no momento ele construirá uma cadeirinha de balanço. Tentei emplacar uma conversa amistosa, mas ele se limitou a responder minhas perguntas com respostas secas. Um pouco frustrado, dei um tempo na conversa e passei a observar o trabalho daquele senhor. Logo a coisa se inverteu, seu João me mostrou outras de suas pequenas obras de arte e puxou conversa, me perguntou onde morava, quem eram meus pais entre outras perguntas básicas. Queixou-se de sua serra improvisada, pois a mesma deixava a produção lenta. Comentou que se tivesse uma serra tico-tico a coisa deslanchava e me perguntou aonde se comprava este tipo de ferramenta (confesso que fiquei com vontade de comprar uma para ele). Quando acabou o assunto, senti que era hora de mudar de ambiente, me despedi e continuei minha visita exploratória.

Na sala algumas crianças (ops, esqueci de novo), alguns velhinhos assistiam a TV. Deus me perdoe, mas fiquei com a maior inveja deles, vocês precisavam ver o tamanho daquele aparelho, parecia uma mini tela de cinema. Logo imaginei aquilo no meu quarto, o problema era colocar lá, afinal meu dormitório de tão pequeno, mais parece um quartinho de empregada.

Dirigi-me então a sacada que dá de frente para a rua, uma delícia. Descoberta, muito bem arejada e ótima para pegar um sol. Lá encontrei seu Cosme (sem o Damião, piada sem graça, né?), um senhor negro que lembrava muito meu falecido avô, mas comparações a parte, fui logo perguntando o que ele fazia ali, aliás, uma pergunta boba – pois o homem estava fazendo artesanato com jornal, corri o risco de levar uma resposta daquelas. Mas muito simpático Cosme explicou sua arte. Disse que aprendeu com uma senhora que foi visitar o asilo. Ela forneceu jornal e tinta acrílica, prometendo trazer mais material (o que nunca aconteceu). Ele fez uns enfeites para porta, tipo guirlanda de natal, ficou bem bacana. Durante o papo, outros simpáticos e calados velhinhos juntaram-se a nós na sacada...
...Continua amanha
Um forte abraço a todos

segunda-feira, 20 de julho de 2009

OPERAÇÃO VELHINHOS: CRÔNICAS DE UM ESTAGIÁRIO (PARTE I)

No ano passado, precisei fazer um estágio, gostei tanto, que registrei minhas primeiras impressões da nova tarefa. Agora (e nos próximos dias) decidi partilhar com vocês a minha experiência pedagógica, leiam:
A idéia era fazer esse estágio no primeiro semestre, mas devido alguns conflitos internos (dizem que isso é desculpa de quem não sabe dizer o porquê de não fazer alguma coisa) o dever se arrastou. No começo do ano, já havia até feito uma lista de locais prováveis para o estágio. Era uma terça-feira e aproveitei o dia folga dado pela diretora da creche, para fazer um primeiro contato direto com a instituição escolhida para o estágio. Na verdade eu já havia entrado em contato com eles por telefone na semana anterior.

Confesso que fiquei um pouco ansioso, com possibilidade de se trabalhar em um asilo com idosos, afinal, meu público alvo são crianças, mas vamos lá! Conversei com a psicóloga sobre a possibilidade de se realizar algum trabalho ali. Antes é claro, me identifiquei, comentei sobre a faculdade, meu trabalho, os horários e dias disponíveis para o estágio, ou seja, um breve histórico do Cláudio. Receptiva, ela logo demonstrou certo interesse no assunto e me convidou para conhecer as dependências. Falou um pouco sobre a rotina, mostrou as áreas aonde às crianças, desculpem, os idosos ficam. Aliás, apareci numa boa hora, pois era aniversário de um senhor (Urbano esse é o nome dele se não me falha a memória) e a família dele levou bolo e refrigerante – comi afinal, quem não gosta de uma boca livre.

A psicóloga me deixou a vontade para explorar o ambiente. Ficou acertado que eu viria aos sábados. Conversei com alguns funcionários e idosos (daqui pra frente vou chamá-los de velhinhos OK?), alguns deles me pareceram um pouco secos, não de corpo, mas na receptividade, provavelmente devem ser assim com pessoas estranhas. Com a boca suja de bolo e ainda ansioso ou será nervoso – ainda não sei distingui um do outro – precisei encerrar minha visita. Primeiro que me senti um pouco deslocado no ambiente; segundo que ainda havia outros compromissos a resolver naquele dia; e terceiro uma bendita inflamação na garganta me incomodou de madrugada e continuava a me incomodar durante o dia. Mas tudo bem, no próximo sábado eu volto...
Continua amanha
Um forte abraço a todos

quinta-feira, 16 de julho de 2009

DOCE FEEDBACK

Ser pobre às vezes é um incômodo. Ontem passei a tarde com a namorada, mas antes de nos encontrarmos, quando estava chegando à cidade onde ela mora, passei em frente à entrada de um motel – que depois da reforma ficou mais bonitinho. Na seqüencia, passou pela minha cabeça, um pequeno feedback de uma aventura passada.

Há algum tempo atrás visitei este lugar acompanhado de uma garota (por motivo de força maior e segurança não posso citar nome). A vontade de “fazer” era muita, mais o dinheiro era pouco. Minha carteira estava vazia e a dela então nem se fala. Hum e agora o que fazer? Ela se lembrou do talão de cheques, mas só havia uma folha na bolsa. Pairou a duvida: vamos ou não vamos, vamos ou não vamos, fomos! (de carona ainda, pois nenhum dos dois possui-a carro)

Ela, novata no ramo de visitas a motéis, ao chegar fez um monte de perguntas na portaria (ai meu Deus!). Enfim entramos e nos dirigimos até o apartamento indicado – nesse ponto nossa carona já havia ido embora. Ao entrar, aqueles procedimentos que são padrão: ligar a TV, olhar o banheiro, dar aquela olhada no espelho (só elas fazem isso) e claro testar a cama (nós fazemos). Itens verificados vamos para o figth, ou seja, o pega. Depois da muvuca, reabastecemos com uma porção e refrigerantes (não bebo cerveja acreditem). Em seguida mais um pouco de “pega” durante a madrugada.

Com o sol no alto, chegou a hora de pedir a conta, chamamos a atendente e ela passou os valores, mas minha acompanhante distraída como ela só, errou a data no momento de preencher o cheque. Ninguém viu e fomos embora (a pé, nossa carona foi embora lembram), quando estávamos perto da saída, apareceu uma funcionária com o bendito cheque na mão e o erro na ponta da língua. Pronto e agora o que fazer? Logo de inicio tentei desembaraçar a situação, usando o truque do RG/CPF – você o deixa e volta mais tarde com o dinheiro. Não funcionou. Tentei diversos xavecos e nada. Por fim, fiz o que me custou um olhar “fuzilante” de minha acompanhante: sugeri que ela deixa-se sua câmera digital. Por um lado a idéia foi boa, pois saímos de lá, por outro lado a garota que estava comigo ficou uma arara, pois além de ficar momentaneamente sem a câmera, precisou voltar no motel mais tarde para pagar a conta (com outro cheque). Depois dessa aventura aprendi a lição: motel agora, só a dinheiro

Um forte abraço a todos

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CRIANÇA É IGUAL LEITE NO FOGO!


Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

O artigo acima foi retirado da Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990 e pertence ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que esta semana completa 19 anos. O ECA veio substituir o antigo Código de Menores e a Política Nacional do Bem Estar do Menor (PNBEM) de 1964 e a tantas outras antigas leis ineficientes e até mesmo repressivas que não cumpriam seu papel de promover o bem estar da criança e do adolescente. Como qualquer estatuto ou lei que tenta trazer benefícios, o ECA teve seus avanços. Mais muita coisa ainda não saiu do papel e se formos esperar o governo, o cumprimento do ECA vai demorar, mas cada um pode fazer a sua parte. Caso vocês não se lembrem, leiam novamente o artigo no começo desse texto. Eu espero (...). Pronto, já leram? É dever de todos, a começar pela família. Mais é ai que começa o problema, pois nem mesmo a família consegue proteger a própria criança e adolescente.

Um exemplo, essa semana os telejornais noticiaram o caso da menina de 5 anos que caiu da janela do apartamento que fica no 5º andar (alguém ai lembrou-se do caso Isabela Nardoni). Onde estavam os pais? Os irresponsáveis estavam numa festa no playground do prédio, enquanto a menina dormia. Pelo amor de Deus, sair e deixar uma criança pequena sozinha em casa, faça-me o favor. Agora estão lá chorando a morte da criança. Vocês podem estar pensando que sou insensível a dor desses pais, não, não sou. Mas sou sensível quanto a proteção das crianças. Trabalho diariamente com pequenos de até 5 anos, sei do tamanho da responsabilidade e sei também o quanto eles são super rápidos. Até digo que eles são como o leite que colocamos no fogo: você fica vigiando e nada, mas é só virar um pouco e pronto, o leite derrama. Com as crianças é igual, você pisca e eles somem.

Infelizmente precisam acontecer situações como estas para os pais e responsáveis acordarem. Espero que fique a lição

Um forte abraço a todos

terça-feira, 14 de julho de 2009

DESSA VEZ, EU CONCORDO

Há duas coisas que eu adoro assistir na TV: desenho animado e telejornal. Há desenhos que eu gosto e aqueles que eu não gosto. Assim acontece com os telejornais e seus apresentadores.

Não gosto de certo apresentador (vou ser ético e não citarei nomes), ele, como tantos outros, são capazes de pegar uma noticia ruim e torná-la pior.

Mas hoje (leiam isso: só hoje) eu fui obrigado a concordar com ele. O evento: ele e mais um grupo, passaram por problemas na hora desembarcar na Europa (não me lembro o país especificamente). Problema semelhante enfrentado por alguns brasileiros nos últimos anos ao chegarem à Espanha.

No calor da agitação, o apresentador fez um comentário mais ou menos assim através do link da emissora: “Não dá pra entender, enquanto pessoas de bem, que vem para cá a procura de emprego e outros que vem trabalhar, sofrem discriminação. Os banqueiros/trambiqueiros, os traficantes e seu dinheiro sujo e tantos outros criminosos entram livremente nesses países. Países esses, que se dizem de primeiro mundo!”.

Realmente, concordo com o apresentador, não dá pra entender. Por que estudantes, turistas e tantos outros que vão a esses países em busca de experiências sofrem tantas restrições e constrangimentos para entrarem. Pessoas de bem que buscam conhecer novas culturas e ter novas vivencias. Além disso, não são é só os visitantes que ganham, o país visitado também ganha. Pois todos que por lá passam, também deixam um pouco de si – personalidade, cultura, experiência de vida. Quer um exemplo, o Brasil, um verdadeiro continente de diversidades culturais, formado por um mar de etnias.

Enquanto isso, aqueles que roubam, matam, exploram a mão de obra e a boa fé alheia, entram livremente nesses países e ainda por cima levam consigo o dinheiro sujo de seus atos ilícitos?
Fica a questão para todos pensarem. Dessa vez eu concordo com o apresentador, não dá para entender!


Um forte abraço a todos

segunda-feira, 13 de julho de 2009

TEM COISAS QUE VOCÊ SÓ DÁ VALOR QUANDO FICA SEM!

Provavelmente todos já ouviram a frase: “mãe, saúde e liberdade, a gente só dá valor quando perde”. Pois bem, fiz up grade na frase, podem incluir outro item: a energia elétrica.

Ninguém a vê, ninguém a percebe, em resumo, ninguém lembra que ela existe. Mas é só a bendita acabar e pronto. Parece que acontece uma mágica, todos os neurônios de todos os indivíduos se conectam num só pensamento: “cadê a luz?”

Um dia desses, mais precisamente uma segunda feira. Cheguei do trabalho pronto para tomar aquela “duchada”, quando puff! Ficou tudo escuro da cor dos meus lindos olhos (ops desculpe não resisti à piada). O que fazer? Bem a primeira medida é conferir se as lâmpadas dos postes da rua estão acessas em seguida, espiar os vizinhos (que feio). Caso todo mundo esteja no escuro é hora de procurar as velas, aliás, são outras que a gente só se lembra nestas ocasiões. Velas acessas, não resta muito que fazer a não ser ficar conversando até a energia ser restaurada.

Neste dia acabei saindo, deixei para tomar banho quando voltasse da rua. Voltei junto com a energia. Mas apareceu outro problema: o chuveiro, não funcionou. Verifiquei o chuveiro e “abracadabra” o aparelho funcionou. Mas a trupe lá de casa não prestou atenção na minha mágica e esquentaram água no fogão e mandaram ver no banho de balde – ô família. Deixei todos tomarem, daí foi a minha vez. Quando a minha unidade maternal genética (minha mãe) me viu saindo do banho com aquele ar de banho quente perguntou:
- Como você tomou banho?
- De chuveiro! Respondi.
- Mas ele não queimou? Ela perguntou.
Continuei:
- Bem, não, mas dei um jeito nele, fiz uma A.T.T. (Adaptação Técnica Temporária) e tomei banho

Ah, a criatura ficou uma arara. Mas não foi culpa minha, avisei, eles que não prestaram atenção.
Quanto ao chuveiro, está funcionando, mas logo vamos precisar trocá-lo, afinal uma A.T.T. não é para sempre.

Um forte abraço a todos

quinta-feira, 9 de julho de 2009

“O MONSTRO E O MÉDICO, VERSÃO MADE IN BRAZIL”

Existe um filme antigo, Inglês se não me falha a memória, chamado “O Médico e o Monstro”, vocês já ouviram falar? Aquele filme em que um médico inventa uma formula química e o próprio médico a toma. Resultado: o doutor se transforma num mostro. Pois bem, essa mesma formula foi parar no Rio de Janeiro e foi tomada por um médico dias atrás. Vocês devem estar se perguntando do que eu estou falando, já digo.

Vocês acompanharam o caso daquela gestante do Rio de Janeiro que não consegui atendimento em um hospital, porque os leitos da maternidade desse mesmo hospital estavam lotados, segundo informações. Daí certo médico (ou será o monstro) mandou a mulher pegar um ônibus para ir à outra maternidade distantes anos-luz e ainda por cima teve a audácia de escrever algumas informações no braço da gestante, que ele julgou útil – nome da outra maternidade, nome e numero da linha de ônibus que ela deveria pegar.

Agora eu vos pergunto: esse médico é ou não é o doutor da história mencionada no inicio desse texto? Caso alguém tenha duvida, procurarem atendimento nesse hospital!

Um forte abraço a todos

quarta-feira, 8 de julho de 2009

TIO SABE QUEM MORREU ?

Quem nos últimos dias ligou a TV, leu os jornais e principalmente, acessou a internet (ou tentou acessar, pois ficou congestionadíssima) acompanhou a comoção mundial devido à morte do cantor norte americano Michael Jackson, vulgo “O Rei do Pop”.

Durante dias, só se falou deste assunto, até a minha mãe desferiu inúmeros comentários sobre o rapaz. Aliás, comentário foi o que não faltou, em todas as esferas da sociedade. De criticas sobre a mudança da cor da pele, passando pelos atos de pedofilia e elogios sobre o seu inegável talento, até as atuais confusões envolvendo paternidade e herança.

E por falar em comentários, um me chamou a atenção. Ouçam, ou melhor, leiam, o que eu ouvi na escola do meu aluno de 5 anos de idade na saída do refeitório.
Meu aluno:
- Tio Claudio, sabe quem morreu?
Perguntei eu.
- Não, quem?
- O Michael Nelson!
Fiquei na duvida sobre quem era o elemento (podia ser o nome do vizinho dele) e perguntei de novo.
- Quem ???
- O Michael Nelson, aquele que era preto!
Bem quando ouvi essa frase, tive certeza, era quem eu pensava, então continuei a conversa.

- Preto não, negro!
- É isso mesmo tio, negro!
Perguntei novamente.
- E por que ele morreu ?
- Ah, por que ele tomava remédio pra ficar branco e por isso ele morreu!

Não agüentei e comecei a rir (pecado né?) ou como dizem os adolescentes: rachei o bico de rir. Fiquei pensando: será que ele ouviu isso na TV ou alguém comentou, a dúvida pairou sobre esta cabeça careca que vos escreve, mas o assunto está em evidencia na mídia. Não havia como não saber sobre a vida do artista. Isso sem contar que as crianças “pegam” tudo no ar.

Mas enfim (hei, alguém comentou que não se usa mais a palavra enfim) contive os risos e levei a turma para a sala. Essas crianças viu. É por essa e outras que eu adooooro esse trabalho.

Um forte abraço a todos

PORQUE TER UM BLOG ?

A primeira pergunta que vem a cabeça de quem cria um blog é: o que escrever. Falar de si próprio, dos outros, de temas banais, falar do que? A duvida persiste até que o indivíduo resolve falar do inevitável: de si mesmo. Muitos internautas transformam seus blog’s em diários, aliás, essa era a idéia original do blog. Falam de seus bichos, de seus relacionamentos amorosos, de suas aventuras, seus medos, enfim, de uma porção de coisas. Algumas úteis, outras nem tanto e outras sem comentários.

Por que estou falando de blog, explico: esse que vos escreve passava horas na frente do monitor durante a semana. Começava lá pelas 19h de um dia e terminava na madrugada do dia seguinte. Às vezes (muitas vezes) ia dormir quase na hora de levantar para o trabalho. Chegava ao ponto de dormir uma ou duas horas por dia. Houve um dia no qual dormi trinta minutos de um dia para o outro, isso mesmo, apenas trinta minutos, ou meia hora como dizem. O resultado vocês leitores podem imaginar. O pior é que esse tempo todo na internet era desperdiçado com visitas inúteis a sites inúteis, alguns deles proibidos para menores – precisei formatar o computador por duas vezes devido a vírus, sempre encontrados nesses sites.

Precisava pensar em algo, algo alternativo, para substituir, ou melhor, para me disciplinar e evitar madrugadas desperdiçadas. Decide então criar um blog (minto criar nada, já possuia um, foi tarefa que uma professora da época da faculdade passou, só não me lembrava dele).

Bem, se não dá para ficar sem computador e navegar é preciso, vamos fazer isso de uma forma racional. Assim, aproveito melhor o tempo na rede, passo o tempo escrevendo textos – o tema, os mais diversos. Além disso, vai ser uma excelente forma de não ficar até tarde navegando, afinal, escrever também cansa.

Um forte abraço a todos.

O 1° Buffet Infantil de Cruzeiro